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quarta-feira, 26 de maio de 2010

APROVEITANDO QUE O POST DO NOVO TRABALHO ESTA' FRESQUINHO...

aproveito para contar uma cena triste que se passou na passada quinta feira... de manha, estava eu ainda a xonar (visto que era a minha folga), recebo uma chamada de uma amiga, pediu-me para ir ter com ela porque tinha na loja um cliente que trabalhava numa emprega (conhecida e reconhecida aqui por estas bandas) que poderia "meter-me" la' dentro, juro que o trabalho em si nao me despertou a' atençao nem me fez abrir os olhos que teimavam em continuar fechados, mas por respeito a ela e ao Sr., la' fiz um duche ra'pido e apanhei o primeiro autocarro que consegui. Cheguei com o meu melhor sorriso, ouvi tudo de fio a pavio, expliquei que neste momento estava a trabalhar (mesmo que sendo temporario tenho de respeitar as pessoas e a confiança que depositaram em mim) como tal tinha que haver um periodo para sistemar tudo, e quando dou por mim tenho uma mao estendida e um "ok, posso contar consigo pelo menos até final de Outubro?", mas faltava falar sobre o ponto principal, nao podia apertar a mao a uma pessoa e compremeter-me sem saber o ordenado, nunca precisei de fazer esta pergunta em nenhuma ds entrevistas que fui na minha vida, porque sempre tiveram o bom senso de nao deixar passar este ponto, ao que eu digo "desculpe, mas antes de me compremeter, gostaria de saber quanto é o ordenado", a sua expressao mudou na hora, disse-me com aquele ar de meio merdas que tinha, que nao deveria perguntar o ordenado mas esperar para ver quanto estariam dispostos a pagar-me depois de um periodo de prova que poderia durar até duas semanas (periodo este a' borlix) e entao depois informavam-me quanto iria receber, isto se nao me mandassem com a c&%$ da mae a's costas ... juro que se nao tivesse ouvido isto com os meus ouvidos nao teria acreditado, ri-me porque pensei que era uma brincadeira mas percebi subitamente que estava a falar a sério, é obvio que ficou sem efeito, levantei-me educadamente, apertei-lhe a mao em sinal de despedida e vim com o mesmo sorriso que cheguei...
P.S. mas esta historia começar a trabalhar e so' depois saber quanto se merece receber nao fica por aqui, no proximo post o episodio continua...

4 comentários:

spazzi disse...

Gostei tanto do "sistemar tudo" :) é das minhas expressões favoritas.
Já gostava de te ler quando estavas em Portugal, mas agora delicio-me a valer. É bom ver que continuas a mesma!

Olhos Dourados disse...

E ainda uma pessoa se queixa aqui em Portugal!

Montana disse...

Julguei que essas m..... só se passavam cá em Portugal. Afinal aí aimda é pior.

Ianita disse...

Vi uma vez uma reportagem, há uns anos já, em que comparavam 3 famílias de 3 países diferentes: Portugal, Itália e Noruega. Comparavam em todos os níveis. Claro que fiquei com vontade de ir para a Noruega, onde a senhora tinha direito a imenso tempo de licença de maternidade a receber por inteiro, e onde as empresas têm creches, de borla, para os filhos dos funcionários.

A minha grande surpresa foi mesmo com Itália. Uma das coisas que me marcou foi eles dizerem que é normal e comum e aceite que, depois da licenciatura, o jovem trabalhe durante 1 ano sem receber. Um ano!! E não era estágio, era trabalho. Mostraram uma rapariga que tinha acabado o curso e que tinha de trabalhar de borla (na área dela) e que, para se sustentar, teve de arranjar um 2º trabalho a servir às mesas...

Mas mesmo saindo da Europa... tenho uma amiga no Canadá. Canadá, supostamente um país muito mais à frente que Portugal. Não só não recebem subsídio de férias nem de Natal, como descontam um extra mensalmente para poderem receber no mês de férias. Ou seja, nós cá recebemos 14 meses. Eles recebem 11. A minha amiga tem dois trabalhos e mesmo assim vê-se aflita para se sustentar... e não consegue, de longe, ter a qualidade vida que eu tenho. E mais tenho um trabalho de escritório da treta. Ela tem dois trabalhos semelhantes ao meu e não dá para fazer férias...

Acho que, antes de nos queixarmos do nosso cantinho, temos de ter mais conhecimento do que se passa por aí... claro que perfeito perfeito era termos as condições que há na Noruega... talvez um dia :)

Bona Fortuna!